terça-feira, 19 de maio de 2009

Eu te amo!!!


Eu te amo!
Uma declaração um tanto quanto estranha para se fazer a uma marca, você não acha?
Tempos atrás, ouvi um comentário sobre como empresas conseguem humanizar suas marcas a ponto de quase transformá-las em pessoas. Na mesma conversa, o diálogo corria para um "norte" absoluto: Aquele que deseja ser vendido antes precisa ser amado. Os exemplos como os fenômenos Apple, Brastemp, Coca-Cola e por aí vão não paravam de surgir, e com argumentos emocionantes e até certo ponto embasadíssimos.Comecei a pensar na profundidade daquele pensamento. Tudo bem, eu sei que a publicidade aguça os sentimentos, faz com que o impulso à compra de produtos seja maior, e o marketing por sua vez arquiteta a estratégia de obtenção do melhor resultado para o cliente. Mas será que chegamos ao ponto de conseguir transformar interesses pessoais em sentimentos tão puros, que se preocupam principalmente em dar e não em ter?Definitivamente não. Naquela conversa informal, concluí por mim mesmo que por mais apelo que uma marca tenha, ela não consegue (pelo menos em pessoas normais) despertar amor. A internet ajuda a alimentar este pensamento, quando oferece entretenimento sob medida para cada segmento. Você pensou, aspirou, desejou um determinado item que facilitasse sua vida e em poucos momentos, como em um passe de mágica você o vê, bem ali, na tela de seu computador pronto para ser consumido. Foi feito pra você, pensando sempre em você, não é assim que se ouve?Essa talvez seja a maior das mentiras com certeza. Consigo sentir sim, admiração, prazer, sentimentos que alimentam a alma, nutrem as sensações e ponto. Sabem por quê? Porque apesar das tentativas, marcas nunca deixarão de ser ativos intangíveis, representantes de uma cultura, pensamentos ou aspirações. Marcas podem te fidelizar, desenvolvem produtos ou serviços que visam a aumentar a eficiência, a qualidade para ter um resultado em sua mente. É, por exemplo, transformar a fila de espera do banco em algo prazeroso por alguns momentos. Oferecer um design com formas personalizadas e ousadas pensadas para o seu conforto. Nós, humanos, amamos, deixamos de comer para dar aos filhos, deixamos de viver para, se for o caso, dar a vida a um ente querido, fazemos tudo para mudar a situação de pessoas pobres, seja com um pedaço de pão ou afeto. Em suma, perdemos para que o outro possa ter.
Esta é a diferença.

*Fonte: revista marketing

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